Dois programas
importantes para o governo federal devem ter seu futuro definido na tarde desta
quarta-feira. A partir das 14h, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)
vão julgar ações que questionam o sistema de cotas para negros nas instituições de ensino superior e o Programa Universidade para Todos (Prouni).
A definição do
tribunal determinará jurisprudência sobre as cotas e influenciará futuras decisões do Congresso Nacional sobre leis que reservam vagas em
universidades.
Os argumentos contra e
a favor das cotas já foram bastante debatidos dentro do STF. Em 2010, o
ministro relator da ação, Ricardo Lewandowski, realizou audiências públicas com especialistas em educação,
professores e advogados para tratarem do tema.
Entre os argumentos
pró-cotas, a necessidade de combater a discriminação com a população negra,
resgatar uma dívida histórica e acabar com as desigualdades econômicas e educacionais entre brancos e negros são os
principais. Quem é contra, por sua vez, acredita que as cotas “dividiriam” a
sociedade, que é difícil distinguir quem é ou não negro e que a pobreza
discrimina mais do que a cor da pele.
Um dos maiores
críticos à política adotada pela UnB há mais de seis anos é o senador
Demóstenes Torres. À época dos debates, ele defendeu cotas para estudantes mais
pobres e causou polêmica em seu discurso ao falar sobre a escravidão.
O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), em nome do partido, continua
defendendo as cotas sociais e não raciais. Na
opinião do deputado, os brasileiros não têm dificuldade de entrar na
universidade por causa da cor da pele, mas por conta do acesso à educação.
Prouni
O programa do governo federal que dá bolsas a
jovens de baixa renda em instituições privadas de ensino também será alvo de
debates entre os ministros do STF nesta quarta. A Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) impetrada pela Confederação Nacional dos
Estabelecimentos de Ensino (Confenen) contra o programa está novamente na pauta
do plenário.
A Confenen, que ingressou com a ação em 2004,
alega as instituições filantrópicas, por determinação da Constituição Federal,
não pagam impostos. Com as exigências do Ministério da Educação para a oferta
de números mínimos de bolsas por elas, a entidade acredita que a lei de criação
do Prouni fere a constituição.
Depois de quatro anos parada em análise pelo
relator do processo, o atual presidente Ayres Britto, o caso chegou ao plenário
em abril de 2008. Na ocasião, o ministro chegou a apresentar o relatório e
julgar a ação improcedente. No entanto, o julgamento foi interrompido após o
ministro Joaquim Barbosa pedir vistas do processo.
Agora, o presidente do
STF espera concluir o julgamento. Os interessados no tema, no entanto, fazem
questão de ressaltar que o resultado do julgamento no STF é imprevisível.
Fonte: Portal IG
Acompanhe a matéria completa no www.ig.com.br
Fonte: Portal IG
Acompanhe a matéria completa no www.ig.com.br
0 comentários:
Postar um comentário