Governadores contestam no Supremo lei que estabeleceu piso para professores

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Governadores contestam no Supremo lei que estabeleceu piso para professores


Os governadores de cinco Estados ajuizaram uma Adin (ação direta de inconstitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a lei do piso do professor, aprovada neste ano. A Leis 11.738, de julho 2008, unifica a remuneração inicial dos professores de escolas públicas da educação básica.Os autores da ação são os governadores do Paraná, Roberto Requião; do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius; de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira; do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, e do Ceará, Cid Gomes. Eles disseram ter o apoio, ainda, de Roraima, São Paulo, Tocantins, Minas Gerais e Distrito Federal.Segundo eles, a lei extrapolou a idéia inicial de uma fixação do piso da carreira e criou “regras desproporcionais” ao regular o vencimento básico (não o piso) e dar jornada menor de trabalho dos professores dentro das salas de aula. Assim, alegam que a lei federal causará despesas exageradas que não têm amparo orçamentário nos Estados.Um dos pontos mais contestados é a denominação de vencimento básico em vez de piso. “Isso significa que toda a gratificação que venha por horas-extras, docência e premiação incidirão sobre o vencimento, e infelizmente não temos orçamento para isso, o que nos impossibilita a Lei de Responsabilidade Fiscal”, explicou a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius. “Transformar piso em vencimento nos impossibilita de arcar com esse gasto”, disse.Na ação, os governadores também questionam o dispositivo da lei que prevê que o professor dedique um terço da carga horária de trabalho em atividades fora da sala de aula a partir da edição da lei, datada de julho de 2008.De acordo com a governadora do Rio Grande do Sul, a exigência forçará os Estados a contratarem mais professores. Ela disse que a inconstitucionalidade está no fato de a lei obrigar os Estados a quebrarem seus contratos no meio do ano.Nos cálculos de Crusius, os Estados terão de contratar, em média, 25% a mais de professores e arcar com um aumento estimado em milhões de reais por ano para cada Estado.


Texto retirado de : http://ultimainstancia.uol.com.br/noticia/58068.shtml

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