DF: Garotas são mais vulneráveis ao HIV

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A média favorável às mulheres nas notificações de novos casos de Aids no Distrito Federal esconde uma realidade preocupante. Enquanto o número de registros da doença em razão de gênero (masculino/feminino) apresenta quedas sucessivas, na faixa etária entre 15 e 19 anos, desenha-se um cenário completamente diferente. Nesse grupo, as meninas são as principais vítimas. Na última década, houve registros de infecção pelo vírus de 25 garotas contra 21 adolescentes do sexo masculino. Em números absolutos, o dado parece pequeno, mas existe um grande risco de subnotificação. “Sabemos que os números nessa faixa são a ponta de um iceberg porque muitas pessoas têm HIV e não sabem, outras tantas têm HIV, mas ainda não desenvolveram Aids e muitas têm Aids e não sabem ou o que é pior, seu médico não fez a notificação do caso”, alerta Ricardo Azevedo, da Secretaria de Saúde. O infectologista Manoel Palácios explica que pessoas do sexo feminino, de modo geral, são mais vulneráveis anatomicamente “porque pode haver microferimentos na mucosa vaginal”. Além disso, pesquisas sobre o comportamento sexual do brasileiro feita pelo Ministério da Saúde mostram que as mulheres usam menos o preservativo nas primeiras relações sexuais, e, também, em suas relações sexuais em geral. As informações obtidas nesses estudos apontam que, normalmente, assim que o namoro fica firme, elas abrem mão do preservativo.

Fonte: Correio Braziliense (DF)

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