Congresso Mundial sobre Exploração Sexual

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Começa nesta terça-feira Congresso Mundial sobre Exploração Sexual
O Brasil será sede a partir de amanhã (25) do III Congresso de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes que reunirá mais de três mil pessoas de todo o mundo no Rio de Janeiro. De acordo com especialistas, os dados sobre a exploração sexual contra meninos e meninas são imprecisos e incompletos, e as políticas públicas não são combinadas, o que prejudica o atendimento às vítimas. A socióloga e especialista no tema, Graça Gadelha, explica que os problemas cruciais passam pela falta de dados e de políticas integradas que causem demandas estruturais e impliquem diretamente nas respostas institucionais. Segundo a coordenadora do Grupo de Pesquisa sobre Violência e Exploração Sexual Comercial (Violes) da Universidade de Brasília (UnB), Maria Lúcia Leal, além da falta de preparo e de integração, as denúncias são feitas sem informações fundamentais para a rede e para o atendimento. Dados da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) mostram que a única fonte de informações disponível no País é o Disque Denúncia Nacional, serviço que recebe informações sobre maus-tratos e violência sexual pelo número de telefone 100. Apenas 11% das formas de violência denunciadas referem-se à exploração sexual de meninos e meninas, 4.902 citações em um universo que, só este ano, já chegou a 43.387 casos.
[Correio Braziliense (DF), Érika Klingl, Estado de Minas (MG) – 25/11/2008]

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