Hospital atendeu 1.638 adolescentes grávidas em 2008

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Hospital atendeu 1.638 adolescentes grávidas em 2008

Falta diálogo com os pais e de informação sobre sexo e métodos contraceptivos são as principais responsáveis pela concepção inesperada

No ano passado, 1.638 meninas grávidas com menos de 16 anos foram atendidas nos hospitais do Distrito Federal. Delas, 238 tinham menos de 14 anos. Segundo o coordenador do Programa de Saúde da Mulher, da Secretaria de Saúde do DF, Luciano Góis, a gravidez na adolescência pode vir, ainda, acompanhada de alguma doença sexualmente transmissível (DST), uma vez que o preservativo quase sempre fica de lado durante a relação sexual. Em 2007, o resultado da falta de proteção foi uma gravidez que, em quase todos os casos, não foi planejada, de 6.413 meninas entre dez e 19 anos. A razão de uma concepção inesperada pode estar atrelada à falta de diálogo dentro de casa, à influência das amizades e à falta de informação sobre sexo e meios contraceptivos. “Das jovens que engravidam entre os dez e 19 anos, 30% irão engravidar novamente antes do término da adolescência”, afirma Góis. Um estudo feito no ano passado pela Secretaria de Saúde revela que quem tem filho cedo demais sofre impactos futuros na vida financeira, afetiva e profissional. Quando descobrem a gestação, 72% das adolescentes abandonam os estudos, seja por vergonha ou por necessidade de trabalhar para sustentar os gastos com a criança.

[Jornal de Brasília (DF), Mara Puljiz – 12/02/2009]

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