Professores e alunos têm de se adaptar à nova ortografia

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Professores e alunos têm de se adaptar à nova ortografia
Enquanto parte do material didático foi adaptado às mudanças, estudantes ainda convivem com textos onde há trema e circunflexo nos hiatos
O ano letivo começou com novas regras da língua portuguesa previstas pelo novo acordo ortográfico, em vigor desde 1º de janeiro, um desafio a mais para os cerca de 850 mil estudantes das redes pública e privada do Distrito Federal. Sem trema, acentos diferenciais e circunflexo nos hiatos, os alunos irão reaprender a escrever redações e responder às provas. Parte dos livros didáticos e dicionários usados em sala de aula chegaram às livrarias adaptados ao acordo, mas edições antigas mantêm as velhas normas. O Decreto nº 6.583, de 2008, oficializou as mudanças do português, como o acréscimo das letras k, y e w e alterações nas regras para uso do hífen. As modificações atingem 0,8% dos vocábulos em português no Brasil. Boa parte das mudanças diz respeito à acentuação, um assunto recorrente em todas as séries, o que deve tornar a apreensão do conteúdo mais natural. O primeiro ano do acordo ortográfico começa sem sintonia entre livros, colégios e pais. As escolas preparam professores para lidar com o novo conteúdo dentro de sala. O impacto deve ser menor para alunos do 1º ao 5º período do ensino fundamental, que ainda não se aprofundaram em regras de acentuação e hifenização. Segundo o coordenador de língua portuguesa do Centro Educacional Católica de Brasília, Reginaldo Alves, nessas séries, eles estão descobrindo a gramática, estão sendo apresentados ao conteúdo, então não sofrerão um impacto forte das alterações. “Vamos mostrar que determinadas regras vieram para facilitar, como o fim dos acentos diferenciais. Temos que desmistificar a ideia de que o português ficou mais difícil”, comenta.
[Correio Braziliense (DF), Elisa Tecles e Erika Klingl – 13/02/2009]

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