Geração Delivery?

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Foi publicada hoje (3), no Jornal de Brasília, uma matéria onde mostra que desde a última eleição para presidente da República, em 2006, o número de eleitores com 16 e 17 anos de idade caiu 25,65%, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para alguns, o Brasil vive uma espécie de acomodação democrática que provoca esse desinteresse dos jovens pela vida política. Mas sabemos que não é somente a normalidade de nossa democracia e nem simplesmente pelo descrédito em relação aos candidatos e à politica do país. Temos hoje uma juventude imediatista e, ao mesmo tempo, alienada. Fico a pensar sobre os porquês de tanta violência e desrespeito no Brasil de hoje. A preocupação com o "ter" subjulgando o "ser", fato que se reflete, acintosamente, na maior onda consumista de todos os tempos na história humana. A falta de bandeiras sociais de uma juventude que se perde em seu mundo de aparência e Nike Shoks. Hoje a internet é a maior companheira de jovens e adolescentes insones (jovens insones, quem diria!). Os jogos de violência e as comunidades de relacionamento substituem, cada vez mais, a pelada do fim de semana. A televisão já é apontada com principal fonte de lazer nos dias de sábado. Diante da ausência da família, vizinhos, dos amigos de carne e osso, a juventude se transporta para um mundo imaginário onde tudo é possível e indolor. As quadras de esportes foram substituídas pelas Lan Houses e Shopping Centers. É a tentativa de moldar o mundo à fantasia dos quadrinhos, desenhos ou comerciais de TV. Nos lembramos da época em que o "Kichute" era o suficiente para jogar bola e nem se pensava em tênis com "amortecedor". Vivemos no tempo da aparência, onde "ter" ser mais que o "ser" está levando milhares de jovens às drogas, julgando ser a maneira mais fácil de "TER". Será que diante disso tudo resta ao jovem tempo para pensar nos problemas do Brasil? Será que as autoridades brasileiras estão se esforçando para mudar essa triste realidade? Vale a pena fazer uma reflexão.


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